Projeto Borregão visa qualificar o rebanho e valorizar o produto
Foto: Divulgação/Sec. da Agricultura

Segundo dados de 2009 do IBGE, o rebanho de ovinos de Itaqui era estimado em 41 mil animais, sendo que, atualmente, estima-se que este número tenha sofrido uma redução e esteja na casa dos 30 mil. Esta redução do rebanho deve-se ao aumento da área plantada de arroz e à falta de valorização da carne ovina, fato este que vem sendo alterado.

Desde 2007, as cotações do cordeiro têm sofrido altas de aproximadamente 11,08%, havendo um aumento no ano passado de cerca de 16% em relação a 2009 – um dos maiores de todo o período.

O crescimento meteórico dos preços do cordeiro nos últimos anos acentuou a posição de destaque da carne ovina, consolidando uma situação de "supervalorização" frente às carnes bovina, suína e de frango. O processo de alta nos preços do cordeiro tende a se manter em 2011, uma vez que, no Rio Grande do Sul – maior produtor e fornecedor de carne ovina do país –, as cotações atingiram novos patamares, incrementando os preços de forma significativa. O valor médio para o quilo do cordeiro no momento é de R$ 3,74 no RS.

Projeto ‘Borregão’

Pensando nisso, a Secretaria Municipal da Agricultura tem apoiado o projeto de ovinocultura ‘Borregão’, desenvolvido pelo SEBRAE, com o apoio da Secretaria e do Sindicato Rural de Itaqui e Maçambará. O processo se constitui de três visitas anuais, com acompanhamento de todas as etapas da produção, onde são empregadas técnicas modernas na realização de diagnósticos e exames laboratoriais, oferecendo as mais novas tecnologias da área para garantir a excelência dos processos.

A medição dos resultados e de todo o crescimento é feita por meio de indicadores, possibilitando a clara visualização das melhorias. No mínimo 30 dias antes da introdução do carneiro no rebanho (pré-encarneiramento), se faz a avaliação e seleção das fêmeas, exame da capacidade reprodutiva dos machos, auxílio para o melhor aproveitamento da estação reprodutiva, exame de OPG para identificar a presença de parasitas e controle de verminoses para diminuir custos com vermifugação.

Pelo menos 30 dias após a retirada do carneiro, se faz o exame de ultrassom para diagnóstico de gestação, novo exame de OPG do rebanho e definição de ferramentas para pré-parto. Na época do desmame, se faz avaliação do rebanho de cordeiros, outro exame de OPG, definições para controle da verminose e redução de resíduos na carne.

Apoiando esse projeto, a Secretaria da Agricultura espera mais uma vez alavancar a ovinocultura do município, gerando emprego e renda no meio rural, haja vista que a Secretaria teve papel fundamental na formação de um grupo de ovinocultores para venda de cordeiros ao Frigorífico Marfrig, sendo que o produto obteve uma melhor valorização no mercado.

Fonte: Secretaria da Agricultura

Assessoria de Comunicação Social – Ascom PMI