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18/07/2013 | Quinta-feira | 10h55

Assistência Social faz levantamento do número de famílias que trabalham no lixão

Ação tem como objetivo articular estratégias de intervenção que visem inserir as famílias em programas e projetos sociais, a fim de incluí-las em processos de capacitação profissional e de geração de trabalho e renda

Por Juliano Barbosa

imprensa@itaqui.rs.gov.br

Relatório é apresentado ao prefeito

Relatório é apresentado ao prefeito
Foto: Juliano Barbosa

Uma equipe multiprofissional de assistentes sociais e psicólogos, das unidades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Acolher e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) Novos Laços, assim como da equipe volante do CRAS Acolher e do Cadastro Único, supervisionados pela Secretaria Municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social, realizou levantamento do número de famílias que trabalham no lixão e que dali tiram seu sustento. A ação tem como objetivo articular estratégias de intervenção que visem inserir as famílias em programas e projetos sociais, a fim de incluí-las em processos de capacitação profissional e de geração de trabalho e renda. 

Conforme o levantamento, as 10 famílias que lá trabalham o fazem sem as mínimas condições de segurança, proteção e higiene, especialmente no que se refere à exposição direta a qualquer tipo de doença provocada pelo contato com resíduos sólidos, bem como contato com animais (cães) que apresentam sintomas de doenças nocivas à saúde humana.

Na ocasião do levantamento, realizado na tarde da quarta-feira, 17, foi feito o cadastramento das famílias e informado os procedimentos que devem ser adotados para inclusão nos programas sociais. Segundo a equipe, a partir dos dados obtidos, planeja-se o acompanhamento das famílias. A intenção, conforme consta no relatório entregue ao prefeito Gil Marques Filho, na manhã desta quinta-feira, 18, é promover o acesso dessas pessoas aos direitos sociais, garantindo a plena expansão da cidadania.

– Constatamos que no local não havia crianças e, conforme diálogo entre a equipe multiprofissional e os trabalhadores, percebemos que os mesmos têm consciência de que o lixão não é ambiente adequado para eles, muito menos para crianças e adolescentes – disse o secretário municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social, Rivaldo Goulart.

No relatório, constam 10 famílias cadastradas, sendo que apenas uma não possui crianças ou adolescentes, que são 29 no total, sendo 18 em idade escolar. Trabalham com reciclagem 10 pessoas, todas adultas. A equipe foi informada que há mais trabalhadores atuando no local, mas que no momento não estavam presentes. Segundo os catadores, eles também têm ciência do risco que correm por trabalhar sem as mínimas condições de segurança, proteção e higiene.