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03/08/2011 | Quarta-feira | 16h06

Prefeito Gil assina protocolo de intenções para instalação de uma biorrefinaria

Empresa de Camaquã quer produzir em Itaqui etanol a partir do arroz

Por Juliano Barbosa

Assessoria de Comunicação Social – Ascom PMI

Prefeito Gil assina o protocolo de intenções

Prefeito Gil assina o protocolo de intenções
Foto: Ascom PMI

O prefeito Gil Marques Filho assinou na manhã desta quarta-feira, 3, em seu gabinete, protocolo de intenções para instalação, em Itaqui, de uma biorrefinaria para produção de etanol em grande escala tendo como matéria-prima o arroz em casca, a quirera de arroz (arroz quebrado) – que não tem classificação para a indústria alimentícia –, e o sorgo granífero – insumo normalmente destinado à rotação de cultura nas lavouras orizícolas. Ainda existe a possibilidade de se utilizar o arroz excedente da produção – atualmente, o Brasil produz 13 milhões de toneladas do cereal e consome apenas 10 toneladas.

A apresentação da proposta de instalação da biorrefinaria foi feita pelo sócio-proprietário da Vinema Multióleos Vegetais – com sede em Camaquã –, Vilson Neumann Machado, que esteve acompanhado do diretor de Negócios Corporativos, Moisés Mury, e do responsável pela Área de Desenvolvimento Tecnológico, Charles Nunes. A Vinema é a primeira empresa nacional com proposta para produzir o biocombustível a partir de cereais.

Segundo Vilson, o projeto, que está em fase de implementação, prevê a instalação de seis unidades industriais, que contempla os municípios de Itaqui – segundo maior produtor de arroz irrigado do Brasil –, Dom Pedrito, Cachoeira do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Capão do Leão e Cristal, que sediará, conforme o empresário, a “unidade mãe”. Com exceção de Capão do Leão, as demais cidades já assinaram os protocolos de intenções, que serão apresentados nesta quinta-feira, 4, ao Governo do Estado, que apoia a iniciativa por meio do IRGA. A Federarroz e a Embrapa também estão nessa.

Unidade de Itaqui

Em Itaqui, seria necessária uma área de 50 hectares para a construção da unidade, que teria capacidade para produzir 300 mil litros/dia de etanol – com consumo diário de 750 toneladas de arroz em casca (250 mil toneladas/ano) –, deixando nos cofres do município cerca de R$ 20 milhões em tributos anualmente. Visando o aproveitamento máximo do processo produtivo, além do biocombustível, seriam gerados outros co-produtos com aplicações em diversos outros segmentos industriais, como alimentação humana e animal. O empreendimento custaria aproximadamente R$ 120 milhões e criaria de 47 a 50 empregos diretos e 300 indiretos.

– Seria uma grande conquista para Itaqui, pois surgiria uma nova fonte de renda para os produtores, geraria novos empregos, além de receita para o município – destacou Gil.

Além do prefeito e dos representantes da Vinema Multióleos Vegetais, participaram da reunião a vice-prefeita Claudete Machado, o chefe de Gabinete, Daltro Bernardes, o presidente da Associação dos Arrozeiros de Itaqui e Maçambará, João Raul Borges Neto, e Pablo Muniz Silva, representante da Federarroz.

Produção não atende a demanda

O Rio Grande do Sul consome cerca de 1,35 bilhão de litros de etanol/ano, sendo que produz somente nove milhões de litros anualmente, o que equivale a menos de 1 % da demanda. Além disso, o Estado não tem tradição no plantio de cana-de-açúcar – uma das principais fontes utilizadas para a produção do biocombustível –, além de o clima não ser favorável. Já em relação ao arroz, o RS é referência nacional, destacando-se como o maior produtor de arroz irrigado do país.

O Polo Petroquímico do Sul, localizado no município de Triunfo, e que utiliza etanol em suas indústrias, é o principal consumidor do biocombustível no Estado.

Assessoria de Comunicação Social – Ascom PMI

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